Tic e o Tigre

| CURTA DE ANIMAÇÃO | 7 MIN. | INFANTIL/HUMOR/AVENTURA

LARGADOS E FOFINHOS NO CERRADO PRÉ-HISTÓRICO SULAMERICANO

Um menino perdido da sua tribo e um filhote de tigre-dentes-de-sabre órfão vão precisar sobreviver em uma região povoada de feras gigantes e outros perigos para, enfim, reencontrar suas famílias.

Introdução

Após se desgarrar de seus pais nômades, um menino de seis anos faz amizade com um filhote de Tigre-dentes-de-sabre que acha que é adulto.

Nosso “Mogli” não terá a sorte de ser treinado por lobos, mas viverá confusões tão engraçadas comos as dos filmes mudos de Buster Keaton enquanto busca por comida, lida com o frio, calor, chuva, faz fogo, confronta predadores, etc. Essa relação humano e gato vai gerar uma amizade com situações tensas como em Simon´s Cat, e fofas e engraçadas como em Gigantossaurus.

As aventuras são ambientadas na época em que um tatu era maior do que um fusca, as preguiças eram igualmente gigantes e criaturas estranhas e divertidas disputavam espaço na natureza sulamericana.

Argumento

Os protagonistas são dois personagens: TIC, um garoto das cavernas com aproximadamente seis anos de idade, e seu pet, o TIGRE, um filhote de Tigre-dentes-de-sabre (Smilidon Populator). Ambos estão perdidos de suas famílias e, por isso, a amizade entre eles se estabelece de forma necessária, mas um pouco conflituosa, dado o pouco conhecimento que um tem sobre o habitat, os costumes do outro.

Eles precisam estabelecer um relacionamento ecológico do mutualismo, pois acabam percebendo aos poucos que um sozinho não será capaz de sobreviver naquele ambiente inóspito, um mundo rodeado por plantas silvestres, venenosas e, principalmente, por milhares de animais gigantes e estranhos, como mamutes, mastodontes, preguiças-gigante, antas, tatus-gigantes, entre outros.

As principais aventuras episódicas de Tic com seu pet serão desbravando esse ambiente em busca de alimento, abrigo e diversão, muita diversão, dando origem a muitas gags e cenas surpreendentes.

Muitas históricas vão ser escritas em analogia à vida moderna, como as necessidades do nosso dia a dia: uso do “banheiro” (banho e sanitário), superar obstáculos geográficos (criar pinguela para atravessar rio, descer de uma montanha improvisando uma tirolesa, etc.), criar ferramentas para capturar suas presas, produzir instrumentos sonoros para a diversão mútua, etc. E ainda cenas relacionadas à saúde dos personagens: dor de dente (tentar arrancar o dente), dor de barriga, flatulências de um incomodando o outro, etc.

Outra analogia vai se dar quanto a relação dos humanos com seus pets (gatos, cães, pássaros e também os exóticos, como cobras, iguana, furão, tarântulas, etc.), com cenas inusitadas e engraçadas que criarão bastante identificação com o público.

Paralelamente a esse núcleo dramático, haverá a participação pontual de mais dois núcleos. O primeiro será um animal de pequeno porte que vive principalmente no subterrâneo. As ações realizadas por esse personagem no subsolo causará consequência automática na vida na superfície de Tic e o Tigre. O inverso também irá se dar: toda ação na superfície dos protagonistas poderá afetar o meio ambiente do personagem no subsolo.

Outro núcleo dramático, também com participação pontual, é a tribo nômade da qual os PAIS DE TIC fazem parte. Eles estão desesperadamente à procura do filho.

As temporadas

Surpreendidos pela solidão e abandono acidental, os dois heróis precisarão se adaptar e passar por “perigos” muito divertidos, sempre viajando em uma jornada de volta para casa. A primeira temporada será sobre sobrevivência na natureza.

A segunda temporada apresentará a tribo de TIC, seu pai e sua mãe, Luzia. O desafio dos nossos heróis agora é “sobrevivência” em uma família de nove irmãos. Diversão multiplicada, conflitos também. Como viver com a família biológica e com seus amigos selvagens?

A terceira temporada apresentará o encontro entre as tribos e o crescimento da “cidade”. Os estrangeiros e as novas amizades vão desafiar a fidelidade com seus amigos da selva?

A Comida do outro lado do rio

Roteirista – Rafael Guimarães

Tic e o Tigre chegam famintos à margem de um rio caudaloso e cheio de jacarés (pesquisar se há antepassados de jacarés ou que algum réptil de água).

Ele param em frente a uma enorme rocha arredondada, perto de uma árvore fina e alta, de onde avistam do outro lado jaboticabeiras, gabirobeiras e outras árvores frutíferas. Perto dali algumas aves de pequeno porte, semelhantes a galinhas, se alimentam tranquilamente.

Os olhos de Tic ficam vidrados nas frutas. Sua boca começa a salivar. Ele vê as frutas como se estivessem brilhando em um sonho, mas é despertado pelo ronco do próprio estômago.

O Tigre petrificado enxerga as aves como se fossem frangos assados passeando pela pastagem.

Os dois despertam do transe, olham para o rio, depois para os jacarés e por fim para a árvore bem frágil.

Tic tem uma ideia!

Ele passa o dedo na lama da margem e desenha o rio, os jacarés e a árvore sobre a pedra, como se fossem um quadro negro..
Seu plano é subir na árvore até que ela se dobre em forma de arco com o seu peso e vire uma ponte até a outra margem.

O tigre reprova a ideia. Água nem pensar, com jacarés ainda pior.

Tic parte para provar o sucesso de seu mirabolante plano, mas a árvore não é grande o suficiente para alcançar a outra margem. Os jacarés saltam querendo Tic para o almoço.

O tigre quer ajudar mas não sabe o que fazer. Ele sobe na árvore e vai puxando Tic, até que um efeito catapulta os arremessa para a margem de origem e eles caem sobre a pedra enorme.

Um terremoto começa.

a pedra começa a se mover

Eles olham para baixo e na verdade o Tatu gigante acordou.

Ele atravessa o rio facilmente, sem ser incomodado pelos jacarés e os dois chegam felizes na outra margem.

CRÉDITOS

O Tigre tentando sem sucesso caçar as pequenas galinhas.

Outros tatus (talvez uma tatua idosa) olhando os desenhos no casco do Tatu Fusca com desdém.

A dupla dormindo com a barriga cheia perto de uma fogueira.

Sobre o criador

Rafael Guimarães é graduado em Pintura e Cinema de Animação pela Universidade Federal de Minas Gerais e teve o seu primeiro trabalho profissional de animação encomendado em 2008 pelo Espaço UFMG do conhecimento, um museu onde há uma sala dedicada às criaturas gigantes do cerrado brasileiro. As animações fazem parte da mostra permanente do museu.

Sócio fundador da Pólen Estúdio, é showrunner da série em desenvolvimento O Fabuloso Seixo, vencedorea de dois editais. É roteirista e designer do longa em desenvolvimento O Homem-café, também vencedor de um edital de roteiro.

Sobre a Pólen Estúdio

A PÓLEN ESTÚDIO atua na área da animação desde 2011, produzindo e dirigindo filmes para o mercado publicitário, institucionais, além de projetos de cunho cultural.

Na publicidade, possui, por exemplo, clientes como as marcas Aymoré, Boulevard Shopping e Nextel; institucionais para empresas, como a FIAT e a Patrus Transportes; além de produtos e outras mídias voltadas ao SESI/FIEMG, MRV, Associação Curta Minas/ABD-MG, dentre outras.

Em sua cartela de obras independentes e culturais mais recentes estão o curta Meu melhor amigo e a série O Fabuloso Seixo, ambos em animação para crianças.

O curta Meu melhor amigo é premiado em festivais e atualmente está sendo licenciado para o canal a cabo Tv Ra-tim-bum, para a Rede Minas e também para a plataforma de streaming Itaú Cultural Play. Outro curta, Involução, também foi premiado em festival.

Já a série O Fabuloso Seixo é vencedora de dois editais de desenvolvimento – CODEMGE/2018 e FSA/ANCINE – BH nas Telas/2019 – em fase de produção dos argumentos, roteiros e bíblia de venda. A Pólen possui também outros projetos culturais, todos em animação:

Em desenvolvimento: O Homem-Café – Vencedor do Edital BH Nas Telas.
Em desenvolvimento: Tic e o Tigre (interprogramas).
Em captação: Matilda (curta).
Em produção: Felícia e os super-resíduos do bem (curta).
Em produção: Menino Gepeto (curta ).
História em quadrinhos: Homem-Café (à venda pela Amazon).